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quarta-feira, 24 de junho de 2020

Burguesinha

Vem a linda burguesinha
No seu sapato de salto
Cumprimenta com um sorriso
Acordando quem por si passa
Num suave sobressalto
Dando o ar de sua graça
Longe de presunção
Só pretende ver cativo
Apenas um coração
Ó burguesinha tão dócil,
De alma límpida e cristalina
Ninguém te sabe difícil
Nem a tua bondade adivinha
Burguesinha bem portuguesa
Sem poder para desvarios
Tem conforto sem riqueza
É feliz na corrente dos rios
Que arrasta com leveza
As almas dos casarios
Tão suave e delicada
Sem trejeitos de grande vaidade
É burguesinha confessada
Culta e sem maldade
Gosta de apreciar a beleza
Que o mundo aos seus olhos oferece
Encanta-se com a natureza
Até de que é burguesa se esquece

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