Seguidores

sexta-feira, 20 de março de 2020

Neste tempo suspenso

Neste tempo suspenso
De espera indesejada
Voo em sonho longínquo
Sem que dele espere nada
São moinhos de água corrente
Que lhe trazem poesia
São as suas mãos nas dela
Que lhe dão a alegria
Tão suave sussurrar
Conta-lhe um segredo ao ouvido
Eram as águas a correr
Era capaz de o jurar
Não o seu amor rendido
E a menina que foi outrora
Que julgou adormecer
Faz em si aparição 
É despertar de nova aurora
Treme toda de emoção
Que não deixa transparecer
Mas toda ela é luar
Sabe a arte do poeta
Tudo saber dizer
Mas sem nada revelar




Sem comentários:

Enviar um comentário