Esta angústia de existir
De ser alma alada
Emparedada
Vive o silêncio
Vive no silêncio aberto para fora
Alheio a si olha as ruas vazias
Desertos da existência
Violento peso trágico
Necessário à sobrevivência
Sem máscaras
Sem adornos
Sem hipocrisias
Humanidade ofendida
no orgulho incauto da sabedoria
Conforto burguês e garantido
Arrancado
Liberdade cerceada
O vírus... o vírus purulento que mata
Os velhos estarrecidos pelo pavor
Enquanto jovens ostentam saúde
Os velhos teimosos que se julgam imortais
Ou que se sabem mortais e aguardam a foice...
Vidas em alvoroço nesta calmaria
Sem armas
Sem tecnologia
Sem destruição ambiental
Nova peste negra bafienta
Doença rançosa
Ó retrocesso!
Ó débil condição humana!
Ó tragédia da existência:
Ó morte!
Sem comentários:
Enviar um comentário