No imóvel silêncio da rua
Um clarão triste e só
Abandonado à sorte que é sua
Pede que dele tenham dó
Numa prece muda e crua
Para que se desfaça o nó
São lágrimas os feixes de luz
Encandeiam o transeunte que passa
Terá histórias para contar
Memórias da sua desgraça...
Desnudos ficam os que ilumina
Refugiam-se na sombra escura
Guardam segredos insondáveis
Recolhem à concha pura
Que diz o vento que te fustiga,
Lampião da boa hora?
Anuncia tristeza contida
Ou alegria vida fora?
Isolado em solidão
É a sua triste ventura
Houvesse quem lhe desse a mão
Não abandona a sua fé
Ilumina quem o procura!
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