Seguidores

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Sob o olhar do carrasco

Sob o olhar do carrasco
Com a foice que a anuncia
Vem a morte por arrasto
Nos seus olhos principia
Chega grave, solene e rígida
A alma exige levar
Mas quer fugir essa vida
Com vida por completar
Na colheita agreste e precoce
Sem remorso nem solução
Sobejam escombros de gente
Em pedaços desfeito, o coração
Não há tempo que o cure
Ou saiba limar a saudade
Resta só a inquietude
Não consola a piedade
Quando uma vida se perde
Se apaga na iniquidade
Nem a bondade do mundo serve
Falta a humana tranquilidade

Sem comentários:

Enviar um comentário