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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Inverno


Quando chegar o meu inverno
E os cabelos de neve e ralos
Derem sinais do tempo
não levarei comigo remorsos
Nem culpa pelo que não vivi
Suportarei estoicamente
as angústias não resolvidas
E as lágrimas de saudade
De uma vida já ida
Olharei bem no fundo do tempo
E verei vida até ao último suspiro
Cheia de mim e de amor
De imperfeições e erros
de encontros e desencontros
Vida de autenticidade
Vivida de verdade
Assim como quem anseia
Condensar a existência num abraço
Serenamente saberei dizer adeus
Abrir as mãos e deixar escorrer
uma vida plena que se esgotou


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