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quinta-feira, 20 de setembro de 2018
Esta saudade eterna
Esta saudade eterna
Em mim se aninha
Espera-te subalterna
Nesta ânsia minha
Plena de desejo
Percorre e imagina
O teu rosto sério
Que oculta o mistério
Emoção mal disfarçada
Afaga com dedos ternos
A tua alma lembrada
Em momentos eternos
E o vazio da tua ausência
Tornado sintoma físico
Faz esquecer a prudência
De um amor metafísico
Assim o fogo cresce e consome
Nunca completamente
Esta angústia desenhada
Que aparece de repente
Centelha reacendida
A cada palavra tua
É vida bem vivida
É sol e também lua
A cada gesto teu
E a cada abraço apertado
Sinto que me dou eu
Minha alma a teu lado
E como num poema
Todo o amor se desvela
O meu sentir é pena
De te não ter no meu barco à vela
Como dois navegantes
Que partem sem destino
Pouca importa se chegam
Só querem o caminho
Duas almas errantes
Sem óbulo para o barqueiro
Riem das regras reinantes
Desafiam o ceifeiro
E na conjunta loucura
Impelidos para a vertigem
Só procuram a candura
Do encontro que erigem
Os deuses que os protejam
De todo e qualquer mal
Há de ser absoluto
Sonho tornado real
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