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segunda-feira, 12 de junho de 2023

Lago azul

Pouso o meu olhar sobre o lago

Azul dourado do sol em brasa

E ele devolve a minha imagem

Tocada ao de leve pela aragem


As leves ondas como lágrimas 

Que no lago azul se formam

Beijam-me a alma na margem

Com elas trazem-me a calma


Num ardor que se faz lava

Magma ardente desfeito

Como pode ser se é água 

Lago azul que alaga o leito?


Derrama pela campesina

A regar os arrozais

O lago azul da minha sina

Que me inunda contra o cais


E nas leves ondas vem

A ligeira brisa morna

Aquecer o lago azul

Que a minha alma toma


Esse azul que vem do céu 

Fundir-se na água do lago

Na sua calma adormeceu

Nos meus braços de mago







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