O sono trouxe-me a morte
Sem dor e sem ausência
Assisto serena à sorte
Olhos cerrados e complacência
Sem dor e sem ausência
Assisto serena à sorte
Olhos cerrados e complacência
Não compete ao morto bulir
Nem falar ou ouvir
E na imobilidade, porém,
Conseguia tudo sentir
Não houve desespero nem choro
Por que razão haveria
Se quem parte cumpre o destino
De quem nasce sem euforia
Tudo o mesmo rancor
O nascimento e a morte
Mudança sem qualquer cor
Parir dor de um só corte
Ao saber do absurdo
Confunde-se a razão
Para que serve uma vida
Se não vale um tostão
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