Felicidade é
Um sol poente de mão dadaUma poesia sussurrada
E, no final, uma cabeça sobre
Um ombro
Olhos fechados
Com um livro sobre o peito
Pensamentos dispersos que voam
Sobre um leito
Um copo de vinho em frente à lareira
Num inverno escuro e só
Uma cerveja que se tira da geleira
Para partilhar
Com quem gosta de nós
O sossego imperturbável
De quem se sente em casa
Uma mão entrelaçada
Num golpe de asa
Uma vida falhada que ergue o seu canto
Na fantasia de quem recusa o quebranto
A música que dói e eriça a pele
A tela, um mundo desenhado a pincel
É ter tudo em instantes
É ter nada como dantes
É suprimento da falha
Em todo o esplendor
Não é não ter dor
É sobretudo ter amor
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