Neste intervalo de silêncio
De primavera morna e molhada
Onde a tristeza faz ninho
De solidão adivinhada
De primavera morna e molhada
Onde a tristeza faz ninho
De solidão adivinhada
Num interstício de tempo
Entre um antes e o depois
Seria bom viver no intervalo
Uma vida inteira a dois
É primavera morna e molhada
De chuva fina que se entranha
Nos ossos na alma tamanha
Melancolia que se estranha
Invoco os dias inocentes
De ilusão pura de criança
Onde o belo e a pureza
Se abraçam numa dança
Porém o precipício certo
De um fim anunciado
Deixa o ser num deserto
E a morte ao seu lado
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