Seguidores

quarta-feira, 9 de março de 2022

Prostração

Há dias de cansaço
Fadiga indolente
Dias como pedras
Maciços duros impenetráveis
Dias de alma parada
Estuprada pelo torpor
Ferida no seu íntimo
Sem facas nem pistolas
Ferida por omissões
Nem atos nem palavras
Longos silêncios paridos
Na estranheza
Dias de cinzas e de lutos
Sempre há lugar para o nojo
Para a solidão que abarca
Num forte amplexo
Com doce melancolia
A dizer que há dias assim
De falha cósmica de energia 

Sem comentários:

Enviar um comentário