Se um dia a tua alma
Se desviasse da minha
Lesta e sem olhar para trás
Levantar-se-ia um tornado
Em jeito de protesto
Sobejariam os destroços
O odor amargo da desilusão
Não seria mais, a alma, a mesma
A reaprender o caminho da solidão
Vencida!
Ela, que jurou não se render ao cinismo,
Recolheria apressadamente a mão
Tolher-se-ia o seu rosto de vergonha
Depois de aberta a porta à sua intimidade
E vê-la assim violada, esta alma,
Seria dor fragmentária da carne
O mais sério convite ao cinismo
O mais sério convite à rendição!
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