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quinta-feira, 9 de maio de 2019

Quero que a tristeza me embale

Quero que a tristeza me embale
Tome conta de minha alma nua
Acaricie as minhas entranhas amargas
Me console do medo da solidão
Nesta noite fria e demorada
Vou sentir o fio da lâmina fina e afiada
Numa valsa válida e sensual
Roubar-me só da imperfeição amargurada
Não me leve a angústia amiga
De que é feita a vida sem ilusões
Não me leve a poesia do olhar
Nem a harmonia de minha voz...
Quero uma tristeza crua para me embalar
Devolver-me ao sopro perdido
À minha ténue liberdade, à minha vida desmedida


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