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quinta-feira, 16 de maio de 2019

Quando ela vier

Quando ela vier...
Quando ela me levar...
De mansinho
Quem sabe repentinamente
Tanto faz!
Sabei que levo comigo tudo quanto amei
Quanto amei! Como amei!...
Com a fúria de ventos e águas
Marés cheias e vazas
Ao sabor dos caprichos da lua!
Não me enclausureis 
Não quero masmorras nem mausoléus
Dai-me a liberdade verdejante
Sob um pasto farto e fecundo
A servir-me de túmulo.
Prescindo do epitáfio
E de meus ossos desfeitos
Transformados em pó
Surgirá húmus fértil
Semente profícua a céu aberto
A teimar que não foi em vão.

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