Quando ela vier...
Quando ela me levar...
De mansinho
Quem sabe repentinamente
Tanto faz!
Sabei que levo comigo tudo quanto amei
Quanto amei! Como amei!...
Com a fúria de ventos e águas
Marés cheias e vazas
Ao sabor dos caprichos da lua!
Não me enclausureis
Não quero masmorras nem mausoléus
Dai-me a liberdade verdejante
Sob um pasto farto e fecundo
A servir-me de túmulo.
Prescindo do epitáfio
E de meus ossos desfeitos
Transformados em pó
Surgirá húmus fértil
Semente profícua a céu aberto
A teimar que não foi em vão.
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