Seguidores

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Cotovia

Não se aprisione pássaro livre e liberto
Cotovia serena de belo canto
Que se ergue ao céu em transcendência plena
Que de tão alto se elevar se enche de espanto
As asas não são as de Ícaro nem os pés de barro
Se a puxam e ela cai a pique em manobras desnorteadas
 Não se entrega vencida no cansaço da luta
Pássaro ferido que renasce da labuta
Maior do que a dor e das suas circunstâncias
Maior do que o tempo dos homens 
Fénix renascida das esperanças
No fecundo amor e de suas penas
Eis o seu canto cristalino, límpido e diáfano
Impõe-se sobre o mar, as estrelas e a lua
Sobre o Homem desalmado e de alma crua
Voa, pássaro ferido! Voa pela vida fora
Essa existência nobre e dura e que é a tua!

Sem comentários:

Enviar um comentário