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terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Mar de Inverno

A vastidão do mar de inverno
Morre violentamente na orla
Na espuma das ondas o teu reflexo
E varre da areia a memória da saudade
A dor imensa de outrora
De alma doente até aos ossos
(E todo o corpo era só alma!)
Naufragou na água do tempo
E sob os seus escombros
Sobeja um corpo liso e nu
Anúncio de primavera
Pode vir a tempestade
Fustigá-lo o vento e a chuva
Ainda assim, ressurgirá enxuto
E as lágrimas, charco seco e bruto,
Apenas repouso de cansaços 


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