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quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Não me fales, amor, em despedida


Não me fales, amor, em despedida
No verso longínquo que não chega
Em lágrima feita ânsia contida
Ausência que haja, não a perceba

Não me queiras, amor, longe e difusa
Espectro de uma memória feita
Um ser inteligível que recusa
Uma vida sensível e suspeita

Quero ser o teu presente sonhado
O devir permanente do meu ser
Por uma quimera tenho pugnado

Teu amor de longe só pra me ver
Bate-me na alma leve e com cuidado
Onde se deita e não quer perecer

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