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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Pedes só uma palavra

Pedes só uma palavra
Reservo-te a eternidade
Diluo-me em pensamento
Pra que me leves contigo
A todo o instante p'lo tempo
Quero-te sempre comigo
Torno-me líquida, fluída
Em seiva que te alimenta
Incrustada em tua pele
Invisível tatuagem
Tudo em mim pra ti me impele
Rasgo cânones e leis
Não me servem de ventura
Quero amor, nada mais
Nossa lúcida loucura
Ignoro decretos vãos
Recuso qualquer censura
Vivo minha convicção
De alma certa, cheia e pura
Numa dimensão exata
Minha palavra perfeita
Minha bela rima inata
Quero-te um verso meu
A iluminar o meu dia
Feito sol, lua, apogeu
De que é feita a poesia

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