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segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Abandono

Encontram-me nos teus

Nos meus silêncios 

Nos espaços e tempos

Indefinidos, invisíveis e longínquos 

Na ausência do mundo 

No doce marulhar das águas 

Abrilhantado pelo sol

Na palavra suspensa

De um reino silencioso

Onde apenas a curva de um olhar

Semeia entendimentos

Às vezes pardo e vazio de crença  

Outras grávido de esperança 

Como um povo votado ao esquecimento

O meu reflexo na negrura transparente

A esperança sempre a esperança 

Que perscruta como quem sabe

Do abandono 

Por fim... Só desalento e impotência.




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