Não sei de poeta alegre
Só do que rega a vida
Com a seiva das lágrimas
De existência perdida
Canto de dor e de luta
Do que sabe que a vida
É resistência e labuta
Filha da ironia desdita
Sinto-a pulsar em mim
Alheia a qualquer vontade
Sem desejar o seu fim
Canto a vida, ó potestade!
E tudo em mim reúno
As dores e prazeres amparo
Por um minuto a mais me perco
Todo o sofrimento reparo
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