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quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Hino

Não sei de poeta alegre
Só do que rega a vida 
Com a seiva das lágrimas
De existência perdida

Canto de dor e de luta
Do que sabe que a vida
É resistência e labuta
Filha da ironia desdita

Sinto-a pulsar em mim
Alheia a qualquer vontade
Sem desejar o seu fim
Canto a vida, ó potestade!

E tudo em mim reúno
As dores e prazeres amparo
Por um minuto a mais me perco
Todo o sofrimento reparo




  

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