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terça-feira, 24 de agosto de 2021

Tempo

 Se a criança que me habitou
Ressurgisse por detrás da duna
Em busca dos afetos antigos
Onde outrora, feliz e inocente, saltou
Que pasmo consigo traria
Por ver a praia que era sua ainda a mesma
Mas já outra...
Saberia que todos os castelos de areia
Se desfazem no tempo com as marés
Muitos invernos e rigores climáticos
A erosão da pele a mesma que da rocha
E as conchas abandonadas
Os sonhos de menina perdida
Mulher encontrada na estrada
Que agora sabe.
A vida sonhada e pueril
Sempre distinta da vivida
Mantém-se em fogo brando
Ateado pelo amor à poesia...

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