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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

No vazio calado da noite tépida

No vazio calado da noite tépida
Deambula no silêncio mortal
Alma errante e peregrina
Encontra-se aqui e além
A sua sorte determina
Esbarra em esquinas difusas e ímpias
Busca um sentido que lhe pertença
Sente-o, mas não o vê
Sabe-o e não o alcança
É o longe sempre muito distante
Uma ausência permanente
Uma independência inoportuna
Desvincula o espírito do corpo e parte.
Sem remorso. Cruel e altiva.
Avidez desmedida que corre
Ao pasto onde sacia a fome abrupta
No fim do caminho, a paz serena
Do que não alcançou.

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