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quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Belo

Paira o belo sobre o altar!
Seguro e arrebatador!
Os sentidos embriaga e apaixona
Esconde-se o espírito na sua dor...
A seus pés, jaz a essência
Genufletida, tímida e com terror.
Ergue-te, alma enlutada!
Não sabes não haver beleza
Onde não houver harmonia
Entre a alma pura e o corpo que a guia?!
Tudo o mais é efémero e vazio.
Apenas ilusão.
Policena que chama a desgraça
Porque veio ao mundo com graça!
E de nada vale o belo traço 
Se a alma é pequena e lassa
Nem as alvas mãos comovem
Se delas brotam somente abrolhos.
Quanta altivez infecunda!
A todos espera o esquecimento da tumba
A terra tudo corrói e desfaz...
Até a beleza que tanto apraz!

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