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segunda-feira, 17 de março de 2025

Espanto

Sempre o espetáculo da natureza
Se oferece ante os olhos e
É impossível resistir-lhe
Na urgência de quem se desespera

A fixar eternidades na vida vã
Houvesse pintor a mostrar o céu
Impregnado de nuvens rosáceas
Num fim de tarde

Um lusco-fusco doirado
Pintalgado de rosa
Sobreposto a árvores hirtas e desnudas
Ramos direitos e esguios erguidos ao céu

Antepostas ao túnel colorido:
Um arco-íris iridescente
A embelezar o inverno e
A convidar ao paraíso



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