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sábado, 28 de dezembro de 2024

Crónica de Maus Costumes 401

 

Carta aos meus filhos e outros jovens

            Meus caros, o mundo atual não sofre uma evolução tecnológica, mas antes uma revolução. O mundo que conhecíamos até ao momento e a sua organização social, possivelmente, deixará de existir.

            Sabemos que há profissões que se extinguirão e outras novas serão criadas. Aquelas que estiverem ligadas às novas tecnologias e ao desenvolvimento da Inteligência Artificial terão futuro assegurado, mas haverá outras que terão um fim. O homem sempre foi capaz de se adaptar aos novos desafios que a evolução foi trazendo. A minha avó era tecedeira e, hoje, já não há tecedeiras, a menos que seja um nicho para preservação do artesanato, tal como já quase não há cesteiros, latoeiros, entre outras coisas. Estas pessoas tiveram de se adaptar a uma nova realidade, tal como uma boa parte de nós terá de fazer. No entanto, pelo que parece, a (r)evolução tem sido tão rápida que se prevê que, efetivamente, surja uma enorme quantidade de gente que perca o seu ofício e o seu modo de sobrevivência, uma vez que grande parte das tarefas poderão ser executadas por robôs e maquinismos, fruto da Inteligência Artificial. Por isso se fala na hipotética criação de uma renda mensal atribuída pelos Governos àqueles que perderão os seus empregos. Quase adivinho um sorriso e o vosso pensamento… Esta desocupação não é propriamente positiva, ao contrário do que possais imaginar, afinal, ser pago para nada fazer e poder ocupar o tempo consoante se deseja, parece ser o sonho de muitos! A questão é que sempre se ficará prisioneiro da boa vontade política e dos lobbys económicos. Se porventura houver recessões, facilmente se pode imaginar onde serão feitos os cortes: sempre no que são consideradas gorduras do estado, mesmo que essas sejam o tal rendimento global, espécie de pensão de sobrevivência. Na verdade, o que pode acontecer é haver uma minoria a produzir para uma maioria. Não há auxílios que o Estado possa oferecer sem uma economia forte e produtora. É preciso primeiro produzir para depois distribuir. Acontece o mesmo na economia doméstica: não se pode distribuir pelos filhos sem antes ter produzido, porque quem o fizer, abre falência, na certa. Ora, Um dos que veio a terreiro falar dessa possibilidade foi uma personalidade que tantos de vós admirais, mas que pouco tem de admirável: Elon Musk. Foi este senhor que veio recentemente falar do rendimento global. Acontece que este homem não inspira confiança. Não o imagino a distribuir riqueza por aqueles que não ajudaram a edificá-la, o que significa que haverá gente nas mãos do critério arbitrário de “meia-dúzia” de senhores, donos disto tudo.

            Confesso que a ideia me apavora, porque já sou velha o suficiente para vir de outro mundo e de outro ideal. Sou de uma geração em que cada um de nós sabia que quando crescesse teria de dar o seu contributo para a manutenção da organização da sociedade e, se possível, o dever de a melhorar, através do exercício da profissão e de outros atos de cidadania que cada um possa querer pôr em prática.  Por conseguinte, quando vejo vídeos de jovens youtubers que dizem aos seus pares que a sociedade está montada para serem escravos e trabalharem das nove às cinco, todos os dias, e que não o querem fazer, enfureço! A ira toma conta de mim e só me apetece distribuir chapadas a estes palonços (um palonço, no Norte, é um aparvalhado, um estúpido), porque tenho sérias dificuldades em lidar com a estupidez e a maldade. Quando estas duas se juntam, pior ainda! Lembrem-se de que para terem comida, alguém a cultivou, colheu, tratou, transformou, distribuiu, vendeu, cozinhou, até chegar aos vossos pratos. Quando adoecem e recorrem ao hospital ou clínica ou médico encontram alguém que trabalha para lá das nove às cinco, imaginem! Trabalham noites inteiras! Para comerem o pãozinho fresco, de manhã, alguém o fez e distribuiu durante a noite! Para saberem ler e escrever, alguém vos ensinou das nove às cinco, diariamente… Poderia continuar com os exemplos, porque eles são infindáveis! Portanto, os meninos gostam de ser fora do sistema, mas dentro dele! Não querem ser escravos das nove às cinco, mas com os benefícios que aqueles que o fazem vos proporcionam! Como diria o outro: vai mas é trabalhar! A organização social que temos não é perfeita, há que a melhorar, mas é imprescindível!

            Fico possessa com jovens que fazem meia-dúzia de tretas para imbecis no Youtube e vêm dizer que ganham quinhentos euros em duas horas e que são uns privilegiados… Caros jovens… A sorte e a imagem bonita não dura para sempre! Todos vós, se tiverdes sorte, ireis envelhecer e a velhice não vende! Nem mesmo no Only fans! Digo eu, que não frequento esses meandros… Portanto, se vos posso deixar alguns apontamentos em jeito de conselhos futuros são estes: todos nós temos o dever ético (digo ético em vez de moral, porque deve partir de uma construção pessoal e não de uma imposição social) de contribuir para a sociedade que nos permitiu ser aquilo que somos. Ao contrário do que possam pensar, ninguém se faz sozinho; e uma das formas de fazermos isso é através do nosso trabalho, seja ele qual for. Depois, estudem! Com a revolução tecnológica da qual comecei por falar no início da crónica, os mais preparados terão melhores hipóteses de se readaptarem ao que a nova realidade lhes pedir. Aqueles que nunca quiseram fazer nada e nada souberem fazer, ficarão à mercê da benevolência de alguns, sem poderem aspirar a melhorar as suas condições de vida… Não sei se a pseudoprofissão de youtuber ou de influencer digital para idiotas continuará a ter sucesso no novo mundo que se avizinha… Quem sabe, porque com tanta gente desocupada há que lhes dar entretenimento e pela amostra que se vê, o entretenimento oferecido é deplorável!

            Cada um é livre de seguir o caminho que escolher, evidentemente, só não esqueçam que cada opção que fazemos traz consigo uma consequência com a qual é forçoso lidar, sem desculpas nem vitimização, porque a sociedade também só me deve na medida diretamente proporcional ao que eu contribuo.

Boas entradas para todos. Votos de um feliz ano e especialmente para vós, meus filhos, duas coisas: sede bons seres humanos, em primeiro lugar e, em segundo lugar, garanti um bom plano e um bom projeto para o vosso futuro, com o qual possais retribuir o muito que já recebestes e de que continuareis a usufruir.

 

Nina M.

 

           

 

 

 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

A espera

Tem-se-me escapado a voz
A apetecer-me o silêncio
O refúgio de quem anda de cansaços
Em cansaços à espera de repouso
Um desligar deste mundo
Como quem se deita em cama de água
A flutuar numa leveza salgada

A apetecer-me o verão e o sol
E ser tempo de gelo
Nem o crepitar do fogo
Alegra ao ver o mundo
A girar ao contrário
Numa contração muscular dolorosa
É  inverno e frio e o tempo é triste

Hão de vir os rebentos
E a primavera há de triunfar.. 

sábado, 21 de dezembro de 2024

Crónica de Maus Costumes 400

 

Desejos natalícios

               Cá está o número redondo pouco antes do Natal, pelo que se impõe uma crónica natalícia. Há quem não goste da época, quem apenas fale da hipocrisia que a época carrega consigo, porque de um momento para o outro, as pessoas ficam gentis e boazinhas e desejam o melhor aos outros… Há quem fale do consumismo exagerado e desnecessário, mas isso é comum ao ano todo e não só ao Natal. Há quem fale da Boa Nova que o Deus-menino trouxe ao mundo e é esta mensagem de amor que deve prevalecer, independentemente da crença ou do ateísmo de cada um, porque o amor é bem demasiado precioso para ser dispensado.

            Simbolicamente, o Natal pode significar o renascimento de cada um, se assim o desejarmos. Aproveitamos a boleia do final de ano e dos tradicionais desejos e novas intenções e assumimos o compromisso para connosco de nos tornarmos melhores pessoas, de nos comprometermos com essa ideia tão simples e tão difícil de pôr em prática. Talvez assim as batatas com o bacalhau e as rabanadas possam até saber melhor.

Eu gosto do Natal. Muito. É a festa de que mais gosto, precisamente, porque é a festa da família e da alegria. Pouco aprecio as iguarias gastronómicas. A maioria delas não as como e há muito desperdício alimentar que se deveria evitar, até porque o Natal não é sobre excesso, é sobre partilha. À medida que se cresce, vai-se atribuindo novos sentidos à época. A curiosidade ansiosa da infância cede o lugar à calma da maturidade. A alegria não tem origem nos possíveis presentes que se poderá receber, como quando se é criança, mas no encontro com os que amamos. De modo que quando os filhos insistem em querer saber o que a mãe gostaria de ter no Natal, encolho os ombros, e respondo saúde para mim e para os meus. Depois de alguma insistência e de verificarem que a mãe está cada vez mais velha e esquisita, porque não se apaixona por presentes e diz que nada lhe faz falta e que a roupa ou calçado vale mais que se compre nos saldos de janeiro, logo de seguida, em caso de necessidade, eles recorrem à única coisa que sabem que a mãe nunca diz ter em demasia: livros. De modo que lá andaram a fazer uma lista de possíveis aquisições para as coleções literárias da mãe, enquanto abanam a cabeça com um certo desgosto. Eles ainda são demasiado jovens para compreender, ainda que o mais velho já vá dizendo que o que gosta no Natal é de estarmos todos em casa da avó, na conversa e de ver o avô a pôr a garrafa de vinho do Porto a tocar. Quando chegar à minha idade, estará como eu.

Esta época não deixa, contudo, de ser ambivalente: de alegria para muitos e de tristeza para outros tantos. Não há grande alegria para quem passa o Natal só ou para quem perdeu um ente querido muito recentemente ou para quem tem familiares ou amigos próximos no hospital ou para quem vive a angústia de uma doença grave. Para esses, particularmente, desejo que o Natal possa, efetivamente, significar renascimento, que lhes traga a notícia que lhes permita reacender a luz da esperança, essa luz pequenina, que não pode deixar de brilhar, porque viver uma vida desesperançada não é viver, mas sobreviver. Assim, se puder manifestar um desejo natalício é este: Que sejais brindados com muita saúde e esperança!

Feliz Natal!

sábado, 14 de dezembro de 2024

Crónica de Maus Costumes 399

 

Juízos e injustiças

               É muito fácil fazer-se juízos de valor amiúde sobre os outros e, na maioria dos casos, talvez sejam injustos. Raramente se pensa na pessoa, apenas se olha ao comportamento que analisamos e condenamos à luz dos nossos princípios e valores, à luz do que somos e como atuamos.

            Não gosto de pactuar com julgamentos mesquinhos, até porque não sou juiz, mas quantas vezes damos por nós a tecer reparos a terceiros. Bem… Se a postura e as opções alheias não interferem em nada com a minha vida, não tenho o direito de tecer considerações, precisamente, por ser a vida de outrem e não a minha.

            Já assisti, algumas vezes, a comportamentos que se alastram a pequenos grupos de boicote ou de maledicência em relação a A ou B, às vezes, por minudências, por falta de empatia, por entendermos que nós fazemos tudo bem feito e só os outros falham.  

Tenho dificuldade em lidar com gente que não sabe desvalorizar a falha do outro, percebendo que não é propositada nem de ronha e que lhe exige aquilo que não exige de si mesmo. Obviamente, falo de pequenas falhas, facilmente resolúveis, mas encaradas por alguns como crime lesa-pátria. Muitas vezes, um pequeno lembrete seria o suficiente, mas o ser humano gosta de complicar tudo e aborrecer-se por coisas que não deveriam retirar a tranquilidade a ninguém. Aprender a relativizar a verdadeira importância das coisas, priorizando o que deve ser priorizado pede maturidade. Antes de tudo, deve-se saber que o outro é diferente de si e que deve ser respeitado nessa diferença; depois, deve-se compreender que a nossa visão de mundo não coincide com a visão alheia. Há quem seja mais previdente e use de cautela, mas também há os mais impulsivos e impetuosos. Nem sempre um e outro acertam e está tudo bem. Há quem se dedique 100% ao trabalho e há quem se dedique apenas 50%. O mercado de trabalho prefere os primeiros, mas a família talvez prefira os segundos. Em última instância, que momentos guardaremos connosco antes de fecharmos definitivamente os olhos? Creio serem as lembranças dos momentos partilhados com os que amamos, com os que gostamos e não as memórias do quão fomos bons na resolução de determinado problema, na atividade profissional. Na verdade, isso perde todo o significado diante de uma turbulência maior. Esta análise não significa uma apologia à incompetência e à falta de brio. Pelo contrário, estou sempre a pedi-lo (o brio) aos filhos, exijo-o de mim quanto baste. No entanto, nunca esqueci as palavras do meu obstetra quando me obrigou a parar aos sete meses, na gravidez da Matilde, atirando-me para a cama um mês, na perspetiva de a aguentar até aos oito meses de gestação, o que aconteceu: “no caso de uma mãe perder o filho, ninguém lho devolverá, mesmo que seja a melhor profissional do mundo”. Estava certíssimo o meu médico e a Matilde, com a mãe sem se levantar da cama, lá se aguentou até aos oito meses e dispensou a incubadora. De modo que se alguém me diz que não se pode querer exigir aos outros o máximo, apenas que cumpra o mínimo exigível, se esse máximo (normalmente não remunerado) lhe retira tempo que lhe pertence, nem que seja para não fazer nada, está no seu direito recusar, porque se há algo que o homem nunca recupera é o tempo perdido.

A quantidade é inimiga da qualidade e parece-me que falta ao homem aprender a viver em função da qualidade, descartando o supérfluo e o ruído. O mundo moderno é avassalador, louco e consumidor de almas. O excesso tomou conta do ser e distinguir o essencial, no meio de tanta poluição, nem sempre é fácil. O mercado pede que sejamos ávidos. Ávidos no trabalho, ambiciosos nos projetos, ávidos na preparação do futuro dos filhos. Ávidos e rápidos quando tudo o que necessitamos é da desaceleração e da calma. Tempo para ser, para olhar e reparar, para não nos deixarmos de encantar com a luz matinal fulva ao nascer do sol de outono ou com a flor que desponta isolada, no canteiro, nem de nos entristecermos com o homem que pede esmola numa rua… Custa-me sempre negar a esmola a alguém e, no entanto, também o faço, por desconfiança, porque não se dá dinheiro para a droga nem para o álcool… Embrenho-me, tantas vezes, no que não se deve fazer, no juízo fácil e prematuro… Mea culpa

Em que parte do nosso trajeto deixámos de ver o outro?

 

Nina M.

 

 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Mudez

Escrever versos é recordar
Outro ouvir-te. Outro falar-te.
Devolver ao coração o que lhe pertence
Ele que anda, assim, tão aflito e estreito
Como a viela onde não cabe a viatura...
Não sei o que fazer com as vozes
Que me esventram a alma.
Ora dóceis ora amargas ora angústias
De quem tem a vida entre parênteses
A pairar sobre o arame do equilibrista.
O mínimo sobressalto pode ser a queda.

[Já te disse que recordar é voltar ao coração?
Esse órgão sangrento e asqueroso
que fabrica as emoções.
Um aborrecimento quando ele se faz estreito para o caos que nos governa, sabes?]


Escrevo como quem te fala baixinho
O único modo de te saber falar...
Eu, que julgava não perder vontades,
Aqui a apetecer-me o silêncio.
Talvez os versos sejam o modo possível
A minha forma de expressão mais pura
Como aquele amor que vem para resgatar
Almas desesperançadas e difíceis.
Os versos são palavras económicas
 Silenciosas como o gato pachorrento
Que se nos deita aos pés a fazer-nos
Companhia.
Os versos são o meu falar-te e o meu ouvir-te
Ainda que a mudez me tome o coração.

sábado, 7 de dezembro de 2024

Crónica de Maus Costumes 398

 

Escritas e leituras

               Se me tivessem dito, quando inaugurei esta rubrica semanal, em setembro de  2016, que a iria sustentar por muito tempo (está a duas semanas de fazer um número redondo, novamente), talvez, não acreditasse e, no entanto, cá está ela, não sei por quanto tempo mais…

            Os meus filhos eram ainda pequenitos e também eles foram acompanhando a vida da rubrica. À medida que vão crescendo, são eles mesmos que me vão lembrando, se porventura lhes parecer que há algo a modificar a rotina de sábado à noite, que tenho de escrever a crónica. Certo é que estou vinculada ao texto semanal que já faz parte da minha rotina e também da rotina de alguns, pressuponho. Sei que há gente que toma o pequeno-almoço acompanhado da crónica, outros são leitores de horas tardias, assim que ela aparece disponível no mural, outros serão leitores esporádicos, outros mais ou menos regulares e outros, possivelmente, ao verem tanto texto, pulam, porque não há paciência para tal. Farão bem …

            Interrogo-me, às vezes, o que me levará ao cumprimento inequívoco da rubrica sem a ela estar vinculada por qualquer contrato ou benefício monetário. Há a questão do compromisso, obviamente. Se me dizem que me leem ao domingo de manhã, enquanto tomam o pequeno-almoço, tendo-se já tornado numa espécie de ritual, de certa forma responsabilizam-me, porque se cria uma espécie de compromisso tácito entre quem escreve e o leitor. Portanto, a recompensa do meu trabalho (que é o reconhecimento que um ou outro me vai fazendo chegar diretamente ou por interposta pessoa) é também o veneno que alimenta a engrenagem e que faz com que cumpra semanalmente o afazer, com maior ou menor vontade, mas sempre com gosto.

            Esta relação entre mim e quem lê cria vínculo e este, a obrigatoriedade de respeitar quem reserva uma parte do seu tempo para ler meia-dúzia de linhas mal-amanhadas. Ora, não posso deixar de pensar que os escritores a sério ou outras figuras públicas estão sujeitos a uma certa pressão, dado o compromisso com o público. Dou por mim a interrogar-me como o Luís Osório desenterra material para tanto postal do dia. Não é ter apenas assunto, porque a sua rubrica segue uma espécie de linha editorial, ou seja, nalguns casos dá-nos a conhecer anónimos, que pela sua história de vida, o Luís decide destacar ou figuras conhecidas do grande público e que o Luís decide agraciar, porque a maioria das rúbricas mostram o lado bom das pessoas. Há, nos postais do Luís Osório, algo de que gosto: a capacidade de mostrar heróis como nós, isto é, de destacar as virtudes e, por vezes, também defeitos comuns a tantos seres humanos, de mostrar que antes de se vencer, tantas vezes se falha e que, muitas vezes, os verdadeiros heróis são os desconhecidos que nos vai apresentando, nas histórias que nos vai narrando. Mostra a vida como é, feita de muitas dificuldades e de perseverança para as conseguir ultrapassar. Um dia destes, pergunto-lhe onde arranja tanta matéria para escrever, porque o Luís Osório tem a humildade suficiente e o respeito necessário pelo seu público para com ele interagir.

Consigo imaginar a preocupação que será ficar sem ideias para mais um romance ou medo da repetição, que deve existir… Só não vale vender a alma em prol de um público, isto é, deixar de fazer as coisas com verdade para semear fãs.

            De mim, bem… Esperai a cronicazita semanal enquanto houver paciência, vontade e imaginação para a poder apresentar, nem que seja para não dizer grande coisa, como é o caso da de hoje, mas também… Nem sempre se acerta.

 

Nina M.