Despertar súbito do corpo
Templo que abriga o desejo
Revelado num frémito ensejo
De prazer adiado e morto
Pulsa a seiva clara de uma vida
Que se quer doar, uma oração,
Numa transcendência sentida
Um toque a dois, um só coração
Fusão de corpos que são alma
Lava ardente em explosão
Metafísica em combustão
Depois do amor, sobra a calma
De dois corpos abandonados
Ao prazer já consumado
A desejar renovação
Como o vento e o mar volteiam
Nas ondas da imaginação
Vive dentro de um corpo o desejo
Latente, à espera de concretização
Vida e morte a cada vez
Sempre fénix renascida
Assim é todo o desejo
Na vida que se quer cumprida
Sem comentários:
Enviar um comentário