Se sou feliz não sei dizer
Sou alegre quanto baste
E sou faminta de vida
Sou alegre quanto baste
E sou faminta de vida
Sorrio se a brisa me abraça
Fecho os olhos se o calor me beija
Ao pôr do sol ergo a taça
Delicio-me ao morder uma cereja
Refresco-me nas águas cristalinas
Sem fé de encontrar uma sereia
Sereno com o livro que me ensina
Conforta-me o banho quente no chuveiro
E o jantar saboroso que se adivinha
Por entre os chistes de quem se ama
A uma mesa farta de agosto
Não há alma que não tenha chama
E tudo o mais não sei dizer
Senão da alegria de uns lençóis lavados
Do olor que um pão quente irradia
Ou do extremo frio de janeiro
Das bátegas fortes de invernia
Do lume que me aquece por inteiro
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